quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O desafio de Rousseau





Superando o dilema malthusiano([1]), o exemplo da catástrofe da ilha de Páscoa (ver post anterior) é o que melhor representa esta desconexão entre os valores de uma sociedade, e sua consequente marcha destrutiva. Além deste exemplo, Diamond ainda cita várias outras civilizações que por motivações e fatores similares acabaram entrando em colapso e se exterminaram, e cita alguns exemplos de sucesso (mesmo que parcial). Identifica também cinco elementos (controversos entre os estudiosos) os quais podem contribuir para o colapso de uma civilização, são eles: 1) crescimento populacional, 2) desmatamento e erosão seguido de secas e esgotamento de recursos, 3) conflitos e guerras, 4) mudanças climáticas, e por fim 5) a ambição e o egoismo dos poderosos.

Tais elementos ocorrem (conjuntamente ou não) em um grande lapso de tempo, mas, de qualquer forma, é imperativo pensar por quê uma sociedade toma decisões tão desastrosas como cortar todas as árvores das quais depende? Na tentativa de responder esta charada, Diamond identifica um fenômeno, em suas palavras "surpreendente": a incapacidade de tomar decisões em grupo por parte de sociedades ou outros grupos. E acrescenta que tal problema esta relacionado à incapacidade de tomar decisões idividuais.

Adentrando ainda mais nas causas das causas, o autor coloca alguns motivos que podem concorrer com a (correta) tomada de decisões individuais e coletivas. Primeiro o fato daquela civilização não ter tido experiências prévias com aqueles problemas ou eventos ou de não ter registrado suas causas e efeitos. Ou ainda, mesmo registrando, não identificar adequadamente a melhor alternativa, ou aquela que evitaria o colapso. Segundo, em função de "falsas analogias", ou seja, numa situação desconhecida tendemos a traçar analogias com situações familiares que podem ter funcionado em outra situação/ocasião/ambiente, mas se mostra desastrosa na atual. O terceiro motivo se refere à tendência (bias) muito lenta de uma média, que fica "escondida" em grandes e frequêntes variações (standard deviations) ([2]). O quarto motivo seria o que o autor chama de "comportamento racional", ou seja, alguns indivíduos ou grupos identificam ser correto (racional em seu ponto de vista) agir de determinada maneira em seu benefício, mesmo que tal comportamento seja nocivo para outros indivíduos ou grupos.  E por fim, o último motivo seria o "comportamento irracional": podemos ignorar um mau status quo porque é favorecido por alguns valores profundamente arraigados aos quais nos aferramos. Pode-se afirmar seguramente que os dois últimos motivos são prontamente identificados e relacionados com conflitos e inversões de valores.

Em nossa sociedade atual, temos presenciado uma marcha evidente e escancarada em direção ao colapso. Para não delongar em discussões e argumentos, basta perguntar: o que será da humanidade quando menos de 5% da população mundial (os Estadosunidos) consomem 25% do total dos recursos energéticos disponíveis? O quê poderia acontecer se os 95% restantes "marchassem" no mesmo caminho? O fato alarmante é que muitos estão marchando([3])....

Nossa (imensa) vantagem em relação aos insulares da ilha de Páscoa é que temos uma enorme perspectiva histórica de fatos, tentativas e erros, desastres, colápsos, guerras e alguns acertos. Problemas continuam a ocorrer em todos os cantos de nosso planeta, relacionados às mais diferentes e conflituosas questões. Tais problemas podem estar relacionados a tomada de decisões dos indivíduos e grupos afetados, e podem ser direta ou indiretamente relacionados aos três primeiros motivos de tomada de decisão, acima elencados por Diamond. Porém, a tendência é que tais problemas sejam identificados com o tempo e tratados ad hoc, portanto, aos poucos eliminados ou minimizados, pois uma vez ocorrido, documentado e analisado o problema, a chance de sua reincidêicna será mínima.

Dessa forma, em termos abrangentes, e a longo prazo --- considerando os três primeiros motivos de tomada de decisões, acima elencados, os quais possuem um forte caráter determinístico inerente ---   seria inaceitável dizer que não teríamos experiências prévias, ou que não registramos e interpretamos adequadamente tais experiências ou que traçamos falsas analogias, pois para todos estes possíveis motivos de "falta de decisões acertadas" teríamos condições, instrumentos e informações suficientes para evitar reincidências (ou ao menos minimiza-las). Visto que tais 'motivos' são inerentemente determinísticos, ou seja -- mesmo mantendo relação com ações humanas -- são passíveis de análise e interpretação de longo prazo, pois as tendências sofrem lentamente os efeitos, e somente uma  interferência humana drástica e intênsa (p.e. uma bomba nuclear, ou uma guerra) poderia remover este caráter de tendência gradual. Portanto contanto que dados sejam coletados e análises sejam feitas, interpretações podem ser tiradas, e a tendência natural é o acerto, ou ao menos o erro calculado, em tomadas de decisão destes tipos. Portanto, novamente em termos macro, em nossa sociedade moderna, restará sempre a questão dos conflitos e inversões de valores, relacionadas aos dois últimos motivos elencados.

Lidar com esta questão não é tarefa fácil. A primeira coisa a ser apontada é que, no geral, as pessoas não agem de acordo com valores que elas não percebem, não compreendem ou não concordam, independente de qualquer noção objetiva de certo ou errado. Portanto, a princípio, deve-se procurar compreender como as pessoas agem e decidem, e ademais, os valores que motivaram suas ações e escolhas devem servir como informação, livre de qualquer análise ou julgamentos em termos morais. Em seguida, deve-se buscar, a partir da ética e da justiça num sentido mais amplo, analisar e corrigir possíveis contradições e incoerências de tais atos na  busca da igualdade e do melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor 'estilo' de vida, tanto na vida privada, particular e individual, quanto em público, sociedade e meio ambiente.

Certo, no entanto, aqui chegamos num ponto de inflexão (igualdade, e sua consequente relação com a liberdade e com o --- necessário ou não --- controle social) a partir do qual diferentes abordages podem ser defendidas ou refutadas. Aqui,vamos procurar defender um ponto de vista misto,  lançando mão de argumentos e idéias provenientes de diversas frentes, porém sem deixar de tomar posição e criticar onde se faça necessário.

Para começar, é oportuno aqui lebrar o que disse Rousseau, em "O Contrato Social", de 1762:

Aristóteles, (...) tinha dito que os homens não são naturalmente iguais, e que uns nascem para escravos e outros para dominar. Aristóteles tinha razão, mas ele tomava o efeito pela causa. Todo homem nascido escravo nasce para escravo, nada é mais certo: os escravos tudo perdem em seus grilhões, inclusive o desejo de se livrarem deles; apreciam a servidão, como os companheiros de Ulisses estimavam o próprio embrutecimento. Portanto se há escravos por natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A força constituiu os primeiros escravos, a covardia os perpetuou.

E continua desafiando:

Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja de toda força comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual, cada um, unindo-se a todos, não obedeça portanto senão a si mesmo, e permaneça tão livre como anteriormente.

Eis o grande desafio lançado por Rousseau, ainda no século XVIII, sobre o qual muitos se debruçaram e continuam se debruçando, ou seja: o conflito entre o interesse particuar (de cada associado) e o coletivo (de todos os associados), sob a condição sine qua non de se manter a liberdade individual, ainda que associado ao coletivo. Porém, o que seria a "força comum"? Como evita-la? A força comum poderia ser cindida em dois tipos, ou categorias: primeiro, as forças da natureza, dependentes do acaso, que podem ou não ser previstas e evitadas, porém podem ser compreendidas, e até certa medida, seus efeitos podem ser minimizados ou controlados. A segunda categoria de força comum poderia incluir os desejos, valores e as consequentes ações individuais, que quando tomadas em somatória resultariam em um vetor, ou um fluxo que conduziria a todos e afetaria a cada um de diferentes maneiras e magnitudes. É claro que ambas categorias de força interagem, na medida em que as decisões afetam a natureza e esta por sua vez obriga diferentes tomadas de decisão. Esta abordagem é atraente e esta no cerne do pensamento formulado por Ludwing Von Mises, a partir das chamadas leis praxeológicas ([4]), que são a base de todas as vertentes neoliberais que se propagam atualmente pelo planeta.


[1] Proposto por Thomas Malthus em 1798, defende a idéia de que a taxa de crescimento populacional supera a taxa de crescimento de recursos naturais, até atingir um limite intransponível.
[2] Por exemplo, o aquecimento global é da ordem de 0,163 ± 0,046 °C/ década, [ CRU/UKMO (Brohan et al., 2006) ]. Portanto, olhando retrospectivamente, hoje sabemos que a temperatura global tem subido lentamente ans últimas décadas, porém se tomarmos somente 5 anos por exemplo (dependendo da tendência) pode-se inferir erroneamente que a temperatura esta caindo.
[3] Mesmo que a maioria ainda permaneça -- e fatalmente permanecerá -- excluída de qualquer benefício ou vantagem que possa (ou pudesse) ser obtidos no percurso desta "marcha", até que se atinja um limite intransponível.
[4] O termo praxeologia foi empregado pela primeira vez 1890 por Espinas, ver seu artigo "Les orígenes de la technologie!", Revue philosophique, p.114-115, ano XV, vol. 30, e seu livro publicado em Paris em 1897 com o mesmo titulo. Praxeologia: do grego praxis — ação, habito, prática — e logia - doutrina, teoria, ciência. É a ciência ou teoria geral da ação humana. Mises definiu ação como "manifestação da vontade humana": ação como sendo um "comportamento propositado". A praxeologia a partir deste conceito apriorístico da categoria ação analisa as implicações plenas de todas as ações. A praxeologia busca conhecimento que seja válido sempre que as condições correspondam exatamente àquelas consideradas na hipótese teórica. Sua afirmação e sua proposição não decorrem da experiência: antecedem qualquer compreensão dos fatos históricos. (Extraído de "Mises Made Easier", Percy L. Greaves Jr., Nova Iorque, Free Market. Books, 1974)


Ilha de Pascoa

No livro "Colapso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso" do biólogo estadunidense Jared Diamond, são investigadas civilizações do último milênio, onde o autor busca identificar por que umas se extinguiram enquanto outras prosperaram. Foca sua análise principamente em causas ambientais (mudança climática causada pelo homem, acúmulo de lixo químico, falta de energia e superutilização da capacidade de fotossíntese), mais do que causas políticas e sociais mas também aborda guerras de povos, comércio e culturas. O livro é muito interessante, porém por vezes, um tanto monótono e simplista em determinadas análises e por outras até mesmo parcial... De qualquer forma, cita-se aqui o livro para iniciar este texto ao ousar um paralelo muito interessante e que pode trazer algum calor (ou luz, espera-se) para o que o título deste texto possa suscitar.

A ilha de Pascoa ([1]) é considerada a extensão de terra mais isolada do mundo. Fica situada a mais de 3600 km (de oceano pacífico) do Chile e a mais de 2000 km das primeiras ilhas Polinésias. Dizem os estudiosos que esta ilha foi habitada pela primeira vez perto de 900 dc, por povos das ilhas polinésias, utilizando as pequenas ilhas do caminho como "trampolim", o que pode ter facilitado o "traslado" ([2]). Ao chegar, estes primeiros habitantes viram um verdadeiro paraíso subtropical, ocupado há milhões de anos por palmeiras gigantescas, florestas densas e uma grande variedade de aves marinhas e terrestres. A população da ilha de Pascoa em seus tempos áureos chegou a atingir mais de 20 mil insulares. Hoje, seus poucos descententes ([3]) herdaram matagais ressecados, ratos e insetos.
 
Diamond segue sua análise mostrando o provável percurso desta civilização, utilizando as mais diversas informações e dados criteriosamente coletados e analisados por cientistas e pesquisadores, que vão desde aneis de troncos de árvores milenares até fezes de ratos.... Maiores detalhes de todas estas técnicas podem ser vistas na leitura do livro.

A primeira imagem que vem a nossa mente ao ouvir falar sobre a Ilha de Páscoa são as impressionantes estátuas, os moais, que foram esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos santuários ao redor da ilha. Estas estátuas chegam a pesar 80 toneladas e 7 metros de altura.  Em vista desta imponência, chegou-se a afirmar que eram obra de forças extraterrestres. Hoje, depois de muita pesquisa e esforço dedutivo, sabe-se que a história foi bem diferente....
Duas perguntas imediatamente emergem:

>> O quê causou tal destruição dos recursos naturais da ilha, que no início eram tão abundantes?
>> E por qual motivo tais estátuas eram construídas?

Ao todo, 12 clãs se espalhavam pela Ilha, sendo que cada um possuia seu lider e suas plataformas cerimoniais (os ahus) onde os moais eram erguidos. Por muitos anos a ilha experimentou séculos de progresso com plantações em expansão e população crescendo vertiginosamente. Um dos recusros mais importantes era a madeira extraida das enormes árvores que se espalhavam pela ilha. A madeira destas árvores era usada para construção dos botes, como combustível, para construção de templos e moradias e também para uma atividade --- inicialmente marginal, a locomoção das enormes estátuas moais pelos terrenos irregulares da ilha, desde o local onde eram extraídas (as encostas do vulcão) até onde seriam erguidas (as plataformas ahus) através de sistemas de rolagem com troncos de madeira e cipós.

Não se sabe ao certo o que levou o primeiro clã a esculpir um moai, mas as evidências provam que a medida que os recursos naturais iam se exaurindo, os clãs foram intensificando a construção e locomoção de moais pela ilha, esculpindo estátuas cada vez maiores. Os primeiros moais, que teriam sido feitos por volta de 1100, tinham entre 2 e 3 metros de altura. Já o maior que chegou a ser posto sobre um altar, esculpido cerca de 300 anos depois, tem 10 metros e pesa 82 toneladas. Aos pés do vulcão Rano Raraku, onde todos os moais eram construídos, há uma estátua com mais de 15 metros e cerca de 270 toneladas, que não chegou a ser terminada.

Esta corrida "moaista" era levada a cabo a revelia de qualquer outro interesse ou necessidade primordial dos insulares, e no seu ápice, um quarto dos alimentos de Rapa Nui era consumido no processo de produção e transporte dos moais - atividades que envolviam entre 50 e 500 pessoas de cada vez. Conforme as enormes palmeiras eram extraidas uma série de sérios problemas ambientais e sociais começaram a emergir. Sem a proteção natural das raizes e árvores dos entornos, a terra de cultivo foi ficando mais exposta ao sol, vento e chuva, o que ocasionou fortes erosões de solo. Vilas inteiras foram sendo abandonados, pois em seu solo nada mais brotava. Este processo entrou numa aspiral febril, intensificando cada vez mais os conflitos e disputas por terras cultiváveis entre os clãs que inadvertidamente continuavam a provar seu poder e superioridade construindo moais cada vez maiores.

Aqui mais uma pergunta emerge: porquê, cargas d'água, estes clãs simplesmente não entraram num acordo coletivo e interromperam esta marcha destrutiva absurda? Olhando de nossa privilegiada perspectiva histórica é relativamente fácil (depois de pesquisar e reunir as informações) identificar que esta marhca para o colápso foi trilhada de forma absurdamente doentia por estes insulares, no entanto, eles, à sua época não puderam enxergar o colapso eminente pois uma enorme inversão de valores estava em evidência em sua sociedade, sendo que seus habitantes se viam presos a tais valores como que por correntes e grilhões. Apesar de não haver evidências da adoção de escravos, em vista da quantidade de moais, e da difusão dos mesmos pela ilha ([4]), é certo que os chefes de cada clã conseguiam o apoio incondicional de seus liderados, que como zumbis alienados se colocavam a seu serviço em sua louca empreitada por mais e maiores moais.

É evidente e inevitável que lendo esta história de desastre ecológico e social da ilha de Páscoa, imediatamente fazemos o paralelo com os dias atuais, em nossa "aldeia global": a ânsia por crescimento a todo custo, a busca incessante por mais e mais mercados, oportunidades de negócio e de investimentos, as disputas comerciais, conflitos armados, e etc. Tais paralelos são assombrosos: graças ao comércio internacional, à information technology, aviões a jato, telecomunicações em geral, todos os países da terra compartilham recursos e afetam uns aos outros, alguns impondo dominação, outros sendo dominados, mas inevitavelmente conectados. Mediante a reserva cuidadosa de todas as proporções, pode-se afirmar que assim também aconteceu com os 12 clãs da ilha de Páscoa. A ilha estava tão isolada no oceano quanto hoje estamos no espaço, e tal como nós, não tinham a quem recorrer em busca de ajuda([5]).




[1] O nome é uma referência ao domingo de Páscoa de 1722, ano em que foi (re)descoberta pelos Europeus.
[2] Vale anotar que os polinésios foram os verdadeiros primeiros conquistadores dos mares, pois mais de 1000 anos antes dos Europeus, no século XVI, chegarem pela primeira vez ao Pacífico, os polinésios já exploravam as milhares de ilhas existentes nas suas águas utilizando canoas a vela feitas com troncos de madeira maciça escavados, verdadeiras obras primas de engenharia, até masmo para padrões atuais.
[3] A população da ilha no censo de 2002 foi de 3.791 habitantes
[4] Espalhados pelos territórios da ilha, foram identificadas cerca de 300 plataformas cerimoniais (ahus) sobre as quais os moais eram erguidos. Algumas não tinham moais, mas cerca de 113 tinham (de 1 a 15 por ahu). Os moais eram erguidos de forma que sua face frontal ficasse voltada para a terra (e não para o mar) "vigiando" o território de seu clã. Ao todo foram identificados 887 moais pela ilha
[5] Quem sabe ainda possamos pedir ajuda aos extraterrestres? Talvez seja nossa última chance.....


MeusFAQ



Neste bulogue vou tentar reunir alguns pontos de vista relacionados a questões que afligem meu espírito no momento, ou na "fase" em que escrevo.

FAQ seria o acrônimo de "Frequently Asked Questions", ou questões frequentemente levantadas, portanto, MeusFAQ são os meus questionamentos, minhas divergências, minhas críticas e onde puder, minhas posições (momentâneas...).

Toda e qualquer questão a ser elaborada aqui vai fatalmente envolver algo de envergadura, cuja dimensão e abrangência me impedirão de investigar e discorrer todas as suas possibilidades, efeitos, causas e consequências.  Porém, tentarei abordar os temas dentro de meu entendimento corrente, e dentro do contexto em que me inscrevo, limitado, incompleto e em construção... e com isso lançar alguma luz (ou calor) para que outras lentes possam focar e re-ver (minhas e outras) possíveis "visões em paralaxe"....

“Não há inteligência […] que não seja também comunicação do inteligido […]. A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado.” — P. Freire,  Pedagogia da Autonomia, 2007, pp. 37, 38.








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João José Jamil [JJJ]
Agosto.2011